sexta-feira, 4 de junho de 2010

Reviver a infância é possível no Museu dos Brinquedos

Um brinquedo não é apenas um brinquedo. É um mundo de fantasias e desenhos coloridos que se esconde em cada carrinho ou boneca”, frase exposta na entrada do museu dos brinquedos em Belo Horizonte.
A vontade de reviver a infância é para muitos  algo maravilhoso. Os avanços das tecnologias fizeram com que muitas coisas mudassem, principalmente os brinquedos. Boneca de porcelana, de pano, cavalinho, bilboquê, bumerangue e até mesmo o ursinho Teddy, são uns dos artigos que podem ser vistos no museu.
O museu foi criado com o objetivo de preservar o patrimônio cultural  lúdico da infância. Funcionou informalmente entre os anos de 86 à 99. “Luiza Azevedo Meyer  tinha paixão pelos brinquedos, a sua primeira boneca está exposta no museu. Ela à ganhou  do pai em 1915. A boneca é na verdade a primeira peça do museu”, disse a funcionária Nayara Souza.
Os brinquedos expostos no museu eram da família de Luiza Meyer e de doações. Ela fazia exposições em seminários, galerias e até mesmo em casa.
Segundo Nayara, após o falecimento da idealizadora do projeto, a família decidiu dar continuidade e fundaram em 2006 o Instituto Cultural Luiza Azevedo Meyer, que hoje tem uma galeria permanente em sua homenagem.
O museu  tem mais de cinco mil brinquedos, mas apenas 700 estão expostos, devido ao espaço físico da galeria, e para que todos sejam vistos, a equipe faz um revezamento semestral. De todos  o mais velho é um gramofone alemão de 1890. “A maioria dos brinquedos antigos são alemães, porque a primeira fabrica de brinquedos surgiu na Alemanha”, conta Nayara.  
Outro item que se destaca é o cavalinho de origem inglesa que tem aproximadamente 60 anos. Ele foi emprestado para as gravações do filme “O menino maluquinho”.
Nayara conta que o resgate da memória e a troca de experiências são importantes partes da visita ao museu. “Hoje com o avanço das tecnologias, os filhos que ensinam os pais, aqui acontece uma troca de experiências, o pai relembra a sua infância e a transmite para o seu filho”, afirma.  Disse ainda que as pessoas da terceira idade se emocionam no museu e contam histórias. “Alguns falam das dificuldades que passavam para conseguir ter um brinquedo, ou quando olham para algum e relembram de algo especial da infância”,  conta.
As crianças se divertem nas oficinas do museu, e ficam deslumbradas com os brinquedos e fazem até comparações. “Quando chegam aqui sempre perguntam se tem computador. Mas quando começa visita vêem  um mundo de coisas que até então eram desconhecidas, e adoram. Alguns até pedem para levar para casa”, diz Nayara em risos.
A novidade deste ano é a exposição do Batman. A coleção pertence ao colecionador Sammy Houven. Que ao visitar o museu ofereceu sua coleção para ficar exposta por um tempo em comemoração ao aniversário de Batman que completa 71 anos.
O museu funciona de segunda à sexta feira, das 9hs à 17hs, aos sábados e feriados das 10hs às 17hs, o valor vaia de seis à oito reais. Para vistas em grupo os interessados devem entrar em contato pelo número (31) 3261-3992.