O novo valor do salário mínimo divulgado em dezembro pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, representará um crescimento de R$ 26.6 bilhões na economia brasileira. A partir desse mês o novo mínimo passa de R$ 465 para R$ 510.
Segundo os cálculos do Departamento Intersindical de estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o aumento significará um custo adicional de R$ 10,8 bilhões para Previdência.
O aumento de R$ 45 reais deixou os trabalhadores animados, mas já para os empregadores as coisas foram um pouco diferentes. O Brasil possui um dos maiores encargos trabalhistas do mundo. Para uma empresa os custos com um funcionário equivale duas vezes o salário pago pelo empregador. São mais de 20 tipos de impostos embutidos na folha de pagamento. O que limita as pequenas e médias empresas de aumentar seu quadro de funcionários. Em contrapartida o número de trabalhadores informais vem crescendo no país.
Foi discutido em dezembro, na Câmara de assuntos tributários e uma possível reforma tributária, mas foi remarcada para este ano. E uma das primeiras questões à serem analisadas serão a redução de impostos voltados para a previdência, e a cobrança de mais investimentos voltados para a educação básica. Que para alguns empresários ainda é considerada ruim.
Até o momento o Governo Federal decidiu fazer uma redução de três pontos percentuais no recolhimento dos impostos. O que a longo prazo poderá favorecer a geração de empregos formais devido à diminuição do custo de contratação.
Fonte: www.cut.org.brRevista Exame dezembro 2009
Imagem: www.saiunojornal.com.br